SAMANTA REIS
"Só sei que nada sei" - Sócrates
Textos
SUBJUNTIVO DE ARUANDA
Esquipar-se do norte do nosso amor
Fatalidade cortando o presente.

Alma q'rasga meu corpo, dói, sangra, Desespera, nasce, morre, se vai.

Estrela valorosa, cheia de luz e dor
Fortuna de amar verdadeiramente.

Acaso do nada e tudo. Promessas Vãns chora meu coração frágil, fraco.

Muita dissimulação que vêem fugir Loucura da cidade onde era campo.

Quimérica, paixão, solidão, nada!
Inadmissível o amor desaparecer.

Discorrer sonhos, planos, projetos.
Improvável, surdo, ouvir e lembrar.

Tantas vezes buscar falar: Amo-te!
Inacreditável que sempre tive por ti.

Evadir-se do que correm no rio.
Inconcebível eu tê-la infactível.

Inaceitável destino, fardo pesado.
Descrença inatingível pela fé: tê-la

Utópica vida, tudo subjuntivo
Inalcançável aruanda tão desejável.

Escampar dúvidas tristes, tornei-me
Indubitável filha d'amor impraticável.

Irreal, incerta, inexecutável, morto.
Não serei fadária a felicidade?

Transcorre em  veias sonhos mortos
Não sucede crença do amor que tive.

Inacessível história e minhas ideias
Fruto caído, desprezado ao nada!
Samanta Reis
Enviado por Samanta Reis em 21/05/2023
Alterado em 10/06/2023
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